Wednesday, August 30, 2006

Mais sobra…

Pelo menos um grupo de pessoas na China não parece ter grandes problemas com a política do filho único. Estes aqui, como diz a China Rádio Internacional (http://po.chinabroadcast.cn/101/2006/08/29/1@50145.htm) nem pensam ter filho algum.

Os DINKS (Double Income No Kids) são completamente passé. O que está a bombar mesmo é ser SINS (Single Income No Spouse). Na China como em muitos países do mundo desenvolvido. À atenção dos marketeiros.

A actual tendência dos jovens de classe média chinesa de se manterem solteiros está criando a "economia de solteiros", afirmou Zuo Xiaosi, pesquisador do Instituto de Sociologia e Demografia da Academia de Ciências Sociais de Guangdong, que afirmou que os executivos e as pessoas de classe média que se mantêm solteiros têm mais poder aquisitivo, criando uma estrutura de consumo diferente à das famílias.

"As casas e os carros terão grande mercado", disse Zuo, assim como os eletrodomésticos, seguros, lazer e turismo, assinalou.

Uma pesquisa mostrou que a casa própria é prioridade para 30,3% das mulheres solteiras chinesas e que 30% destas investem a maior parte de seus salários em roupas e cosméticos.

Mostrou também que a indústria dos produtos infantis (surprise, surprise) é a mais afectada, uma vez que 30% dos possíveis pais permanecem solteiros, e as vendas deste sector recuarão em US$18,75 bilhões.

Yuan Xin, professor do Instituto de População e Desenvolvimento da Universidade Nankai na cidade de Tianjin, norte da China, afirmou que a tendência a manter-se solteiro terá conseqüências ao longo prazo na estrutura de consumo do país e promoverá o consumo em seu conjunto.

O termo "economia de solteiros" foi formulado pelo economista F.T. McCarthy, mas em seu conceito só estavam incluídas as mulheres solteiras, quem ganhavam muito dinheiro que destinavam à moda e lazer.

Zhong Qing, sociólogo da Universidade Tsinghua(Qinghua) em Beijing, afirmou que, em princípios do século XXI havia mais de um milhão de solteiros em Shanghai, e que outras cidades como Guangzhou, Wuhan e Beijing estão agora seguindo a tendência.

"O matrimônio não é muito rentável. Custa muito dinheiro comprar uma casa grande e criar um filho", manifestou Zhou Ying, jovem solteira que trabalha em uma agência de advocacia em Beijing.

Falou e disse…

Monday, August 28, 2006

Fiel, apetece-me algo

Não é bem o Ferrero Rocher, e o motorista não é tão bom quanto o Ambrósio, mas quem não tem Ambrósio caça com cão.

Uma mulher de Hohhot, capital da Mongólia Interior, no norte da China, bateu com o carro enquanto ensinava o seu cachorro a conduzir, informou a agência chinesa Xinhua. Não houve feridos apesar dos dois carros envolvidos terem sofrido danos. O cão voltou à sua relação natural com o carro: encostar a perna contra o pneu e tirar um xixizinho.

Não consigo perceber porque é que a agência noticiosa oficial chinesa dá continuamente, em inglês, estas notícias para o mundo. Será para comic relief, para mostrar que a agência tem sentido de humor e que, quando escreve notícias como “China é dos países com melhor cadastro em termos de direitos humanos,” está também a caçoar?

O crescimento do parque automóvel é enorme na China, e muitas vezes não é acompanhado de uma educação sobre como conduzir. Basta ter dinheiro para comparar um carro e a carta.

A questão é se a mulher tem noção do perigo que um carro representa para si própria ou para os outros. E acreditem, pelo trânsito em Pequim, acho que os condutores que tem esta noção não deverão ultrapassar os 10 ou 15 por cento. E os motoristas profissionais estão totalmente de fora deste número. Mostrem-me um motorista de autocarro, de entregas ou um taxista aqui de Pequim que saiba guiar, tenha a noção que é responsável pela vida de uns quantos seres humanos que vão no transporte público, e conheça o conceito de pisca, travão ou reduzir e eu mostro-vos um benfiquista que não goste de bagaço e couratos. Pode-se tirar a pessoa da bicicleta, mas é mais difícil tirar a bicicleta da pessoa.

A mulher mongol, identificada apenas pelo apelido Li, disse que o cachorro "gostava de se apoiar na direcção e frequentemente a observava dirigir." Vai daí, a senhora achou que o canito tinha algum talento para a condução e, diz a Xinhua, “achou que podia deixar o cachorro dirigir enquanto ela operava o acelerador e o travão. "

Aparentemente para grande surpresa da Xinhua, o par maravilha "não foi muito longe. Bateram num carro em seguida." Não! Querem lá ver que afinal o cão não sabia guiar?!

A Xinhua, numa falta de rigor imperdoável para uma agência noticiosa, não diz de que raça era o cão. Ficamos assim sem saber se há raças que guiam melhor que as outras.

As estradas chinesas, sem grandes surpresas, são as mais perigosas do mundo com 99.000 mortes em 2005, em 456.000 acidentes, segundo dados oficiais.

Sunday, August 27, 2006

O poder, os frigoríficos, e tudo isso


Ok, juro que é o último post nesta linha. Depois voltamos à China.

Não sou por princípio contra o capitalismo. Acho mesmo que, muitas vezes, a expansão do capitalismo e das marcas internacionais ou globais aos países em vias de desenvolvimento é extremamente positiva e, mesmo, libertadora e empowering. Tá bem, big pharma, o “Constant Gardener” e essas coisas, mas acho que muitas vezes, pior que ser explorado pelo capitalismo internacional, é não ser explorado por ele. No entanto…

Não há dúvida que os processos descritos no “Imperial Leather” continuam a existir. Vejam este exemplo , para vender frigoríficos.

Os chineses têm a ambição compreensível de poder conservar a comida em casa, sem se estragar, durante alguns dias. Nada a opor. E têm, por isso necessidade de comprar frigoríficos.
A multinacional alemã Siemens têm a ambição de ganhar uns trocos, e vender frigoríficos é um negócio tão honesto quanto outro qualquer, que responde às necessidades chinesas. Dito isto, para vender frigoríficos, a Siemens tinha duas escolhas (para simplificar). Ou apelar à realidade local, ou não.

Considerando que a China tem 1,3 mil milhões de pessoas e que dessas só 8 milhões consome vinho, e nem sequer com regularidade, levanta-se a questão? O que é que o espumante do anúncio tem a ver com a China? Onde está relação? O país importou em 2005 menos de 500 mil litros da champanhola, portanto, cada chinês que bebe vinho bebeu apenas 0,06 litros da coisa. Menos que um cálice de bagaço. E isto sem contar que os Rolling Stones estiveram cá e só o Mick Jagger deve ter sido responsável por uma quota respeitável do consumo. Com certeza que a Siemens há-de querer vender mais de 0,06 frigoríficos por pessoa.

A resposta é aspiracional. A Siemens espera claramente que o chinês pense que o europeu e o americano sejam cool. E que bebam champanhe. E que guardem o champanhe num frigo da Siemens. Logo, para ser cool há que ser igual ao europeu e o americano, beber champanhe e guardá-lo num Siemens. No fundo, ser como o White Nigger.

Vitória e o forno


“England’s gift a blessing to all nations.” Este poster então, de publicidade aos fornos, é impagável! Notem o chinês (igual ao do Flã Mandarin) lá atrás, com cara de idiota, de chapéuzinho em bico e bigodes compridos. Aliás, todo o cartaz é um exercício de cristalização dos preconceitos sobre cada país. E com o nativo, bom selvagem, a receber a civilização – disfarçada de forno – das mãos de none other que a Rainha Vitória.

Também está um americano, lá atrás, com cara de bruto. Eram outros, os tempos, como se vê.

Duas opiniões sobre “Imperial Leather”

“McClintock explores the imperial myth of the empty lands, the dirt fetish and the "civilizing mission", sexuality and labor, advertising and commodity racism, the Victorian invention of the idle woman. ”

Opinião diferente, acha o livro manhoso: “The text is an exercise in demonstrating preconceptions. While some of McClintock's evidence is original, the argument as a whole is conventional bien-pensant wisdom unlikely to convince anyone not already committed to the thesis. The presentation is further burdened by its reliance on the cliches and jargon of feminism, deconstructionism, and other currently fashionable academic ideologies. Imperialism was at once a simpler and a more complex phenomenon than McClintock's perspective allows .”

Saturday, August 26, 2006

White - But not Quite

É assim. Ainda mal comecei e já estou a fugir com o rabo à China. Mas hoje sinto-me teórico. Este blogue tem sobretudo a ver com a China, mas os estudos de pós-colonialismo têm-se dedicado também a outras áreas dos antigos impérios. As imagens deste post, com título roubado a Homi Bhabha, são de “Imperial Leather. Race, Gender, and Sexuality in the Colonial Contest” de Anne McClintock, um livro genial.


O título é baseado no sabonete com o mesmo nome http://www.imperialleather.co.uk/, e que ainda hoje promete aos consumidores “um mundo de luxo.” O sacana do sabão cheira que é uma maravilha, por acaso, e tenho cá em casa duas dúzias deles, apesar do sabonete ser herdeiro de uma tradição pouco recomendável. Por vezes, o meu activismo é mais na base do 31 de boca, infelizmente.

Voltando ao livro. Usando, entre outros o exemplo do Imperial Leather, Anne McClintock, entre outras coisas, relaciona a expansão colonial britânica com a abertura de novos mercados (Guerra do Ópio, anyone?) disfarçada de missão civilizadora.

McClintock, apesar de dar um bocado de tanga, e de regar um bocado as coisas com calão pós-modernista e desconstrutivista que por vezes dá sono, descreve de forma bestial como os povos das colónias eram tratados como uns miúdo bacanos, que, com o “esforço do homem branco” um dia poderão ser quase como britânicos. Até lá, não podem ter poder político e económico algum. Propriedade da terra nem pensar. Escolher onde vivem (Chinatown, anyone)? Muito menos. Mas podem comprar produtos britânicos, se alguma vez quiserem ser tratados como seres humanos. Que é assim como quem diz, brancos.

Obrigado CT

Desculpem. Não percebo muito bem como funciona esta coisa dos blogues e só graças ao comentário de CT é que percebi que os comentários estavam limitados a membros do Blogger.

Espero já ter corrigido agora a coisa.

A todos os leitores deste blogue: pai, mãe, primo -Comment away.

Thursday, August 24, 2006

O Ocidente é vermelho!


Bem, uma vez no Carnaval de Torres Vedras vi um cão a andar de triciclo, mas nesta é que ainda me custa acreditar.

A cadeia de hipermercados Wal-mart, bastião e símbolo brilhante do capitalismo norte-americano, acaba na China de abrir as portas – e até pagar a renda – ao infiel. O Wal-mart da cidade chinesa de Shenyang, o Barreiro da cintura industrial do nordeste da China, passou a ter lá dentro um escritório do Partido Comunista.

Aliás, o PC trouxe atrás a tralha toda do costume, incluindo a Liga Comunista Juvenil e o sindicato, que, espera-se, defenda melhor os trabalhadores de Shenyang do que fez no passado.

A triste ironia é que, com o fecho das indústria pesadas da cidade, os trabalhadores industriais de Shenyang passaram quase de um dia para o outro de poster-boys da economia planificada socialista, beneficiando da correspondente protecção social do estado do berço ao cemitério, à boa maneira comunista, para as ruas do desemprego sem qualquer protecção social.

O PC sai então da basílica da produção e entra na catedral do consumo? Convenhamos que é um ajustamento estrutural interessante…

Agora a questão é se o Wal-mart vira vermelho ou se é o Partido que vira Wal-mart, como acontece muitas vezes na China. Eu aposto na segunda. Um dos meus vizinhos é um influente quadro do partido aqui no bairro e guia um Audi A8. E pelas horas a que eu o vejo a passear o cão, não deve trabalhar muito. O luxo…

PS – A Fortune deste mês traz um artigo que diz que o Wal-mart se está a converter ao ambientalismo. Está tudo doido? Será que a mulher de Fidel Castro compra o roupão online, no catálogo da Victoria’s Secret?

Wednesday, August 23, 2006

Zen e arte de traficar cigarros



A história do monge todo-o-terreno faz-me lembrar quando andei em Lisboa na meditação. Não quero, juro, gozar com as crenças de ninguém. Mas fartava-me de cruzar com gente que parecia que ia encontrar o Nirvana já ali ao cimo da Calçada da Ajuda (o Monte Meru com vista para a Trafaria), só comia arroz integral e falam em “boas e más energias,” e “no espírito” e “na aura.”
E tinham foto do Dalai Lama na carteira.

E eu só me lembrava de um amigo birmanês com quem eu dividi casa, que todos os anos ia a casa, rapava o cabelo, punha as vestes açafrão e cumpria 15 dias de retiro no mosteiro budista do bairro. Pois bem, era o meu amigo que levava o whisky e o tabaco de contrabando para os monges, os tais que, na ideia de muita gente, são a encarnação das espiritualidade do despojamento, da austeridade e a negação do materialismo e do consumo.

Porque é que um monge budista há-de ser menos que um ser humano normal, sem desejos materiais, todo meditação e espiritualidade? Muitos só são monges porque não tiveram outra hipótese de subir na vida, se queriam estudar e ser alguém tinham de abraçar a carreira religiosa. Tal como muita gente em Portugal só teve hipótese de estudar no seminário, e ou ia para padre, para a tropa ou para a GNR.

Porque é que havemos de ser todos Richard Geres de pacotilha e colar logo o rótulo de “espiritualidade” a alguém, só porque é monge budista, tem o cabelo rapado e não tem cartão de
crédito? Porque é que os asiáticos hão-de ser menos “modernos” que europeus ou americanos?
Porque é que hão-de ser a nossa reserva moral da honradez e da simplicidade, mas sem hospitais e com enormes taxas de iliteracia, mortalidade infantil?

















O elogio da espiritualidade oriental confunde-se muitas vezes com os preconceitos, com a fotografia da Ásia que temos na cabeça, dos arrozais verdes, do búfalo pachorrento, do chapéu em bico e do agricultor em paz consigo mesmo e com o mundo. E, não poucas vezes, a pagar imposto ao colonizador europeu, mas sem vontade de se revoltar porque ele, já se sabe, é só espiritualidade....

Pois bem, a Ásia não é só isso, se calhar nunca foi e, a observar pelas taxas de migração para as cidades, muitos asiáticos têm vontade de fugir da fotografia. É que o fotógrafo, muitas vezes, esquece-se de ver que os modelos não estão ali por opção. Estão porque não podem escolher sair do retrato.

Quem sabe, o bom do monge de Shaolin pode mesmo por no carro um daqueles autocolantes grunhos que dizem “gosto de cerveja fria, mulheres quentes e carros rápidos.” Embora eu ache que não…

Zen e a arte do Todo o Terreno

A história que se segue vai abanar as convicções de dois grupos de pessoas – o dos vegetarianos da meditação e os que seguiam a programação da RTP nos anos 80.

Quem anda pelos 30 anos lembra-se da série da RTP, “Os Jovens Heróis de Shaolin,” jovens monges budistas mestres de Kung-Fu que, com uma destreza física impressionante e uma força espiritual ainda maior davam cabo dos maus que, naturalmente, lhes ameaçavam a honra de quem vive para os bens do espírito.

Pois bem, uma das maiores polémicas na Internet chinesa é o escândalo do abade do mosteiro de Shaolin, o mosteiro com 1500 anos de história onde nasceu o kung-fu, que acaba de receber de presente do governo um jipe de 125 mil dólares. E, para o ano, diz o bom do monge, ainda quer mais.













O governo deu a Shi Yongxin o carro "pelas suas contribuições à indústria local do turismo", já que o templo é uma atracção turística muito visitada na região de Henan, no (centro da China), uma região onde reina a pobreza e a fome."Tentarei fazer o que estiver a meu alcance para promover as artes marciais no mundo e melhorar o turismo local. Espero receber um prémio melhor no próximo ano", afirmou o sacerdote após receber o seu presente.

Dezenas de milhares de internautas (na China, com dezenas de milhões de utilizadores de Internet, é fácil atingir este número) indignaram-se com o topete do monge, que anunciou também que o mosteiro vai produzir, em conjunto com um canal de televisão chinês, um reality-show de kung fu, género “Ídolos.”

O Plano Quinquenal

Duas rotas vão guiar esta humilde tascózia chinesa. A primeira, prestar a atenção aos processos de construção da identidade das pessoas na China, em especial numa sociedade sujeita a radicais transformações. A segunda é uma militância cega e dogmática contra as generalizações culturais, os sistemas de representação cultural, política e ideológica dos povos e pessoas da Ásia, que conduzram e justificaram o colonialismo. O que Edward Said, numa das duas ideias de jeito que teve na vida – e o apoio à Palestina não foi uma delas - chamou de Orientalismo. (Mais sobre Orientalismo em posts futuros.)

Acima de tudo, o que quero é fugir – e dar pancada - é às generalizações, ao “os chineses isto,” ou “a cultura chinesa aquilo.” Tenho dúvidas sequer que se possa falar de uma cultura do Liechtenstein, de São Marino ou da Marmeleira. Quanto mais da China.

Fica assim definido como heresia o termo “Extremo Oriente.” A terra é redonda, ou coisa assim, e tal como diz o grande filósofo Quim Barreiros, “é tão longe daqui a Pegas como de pegas aqui.” Porque não “Extremo Ocidente?”

A terceira rota (eu disse duas, não foi? mas é assim…) é a da sopa da pedra. Cabe tudo o que eu achar que faz sentido.

Os comentários são todos, como é óbvio, aceitáveis. E mesmo bem vindos, porque ninguém faz um blogue à espera de falar sozinho. Não espero é responder com muita regularidade uma vez que, como ficou dito acima, o blogue não é trabalho, é um prazer. E, torcendo o poeta, não há maior prazer que nem sequer cumprir um prazer. Para além disso este blogue, tal como a própria China, is a dictatorship. And I am Dick.

Bem Vindos

Bem vindos ao “Planeta China.” Estendam alguma indulgência a este primeiro post, que será necessariamente um bocado longo e a atirar para o pretensioso. O que quero aqui é tentar definir o que este saco de gatos sobre a China vai ser, quais os objectivos do blogue e o porquê da sua existência.

Sou jornalista de uma agência noticiosa na China e, para começar, devo dizer que encaro este blogue como um chefe de cozinha com estrelas Michelin deve encarar o MacDonalds. Finalmente um canto onde um tipo não tem de ser certinho. Não tenho que me limitar aos factos, posso dar opiniões mais ou menos fundadas. Não tenho que seguir cegamente o catecismo da ortografia, da gramática ou da sintaxe. Nem sequer tenho de escrever em português. Será portanto, o meu recreio.

Dito isto, espero manter um módico de rigor intelectual e oferecer alguma informação. Será a minha única safa, uma vez que se vêm aqui à espera de prosas cintilantes, podem ir bater a outra porta.