O Plano Quinquenal
Duas rotas vão guiar esta humilde tascózia chinesa. A primeira, prestar a atenção aos processos de construção da identidade das pessoas na China, em especial numa sociedade sujeita a radicais transformações. A segunda é uma militância cega e dogmática contra as generalizações culturais, os sistemas de representação cultural, política e ideológica dos povos e pessoas da Ásia, que conduzram e justificaram o colonialismo. O que Edward Said, numa das duas ideias de jeito que teve na vida – e o apoio à Palestina não foi uma delas - chamou de Orientalismo. (Mais sobre Orientalismo em posts futuros.)
Acima de tudo, o que quero é fugir – e dar pancada - é às generalizações, ao “os chineses isto,” ou “a cultura chinesa aquilo.” Tenho dúvidas sequer que se possa falar de uma cultura do Liechtenstein, de São Marino ou da Marmeleira. Quanto mais da China.
Fica assim definido como heresia o termo “Extremo Oriente.” A terra é redonda, ou coisa assim, e tal como diz o grande filósofo Quim Barreiros, “é tão longe daqui a Pegas como de pegas aqui.” Porque não “Extremo Ocidente?”
A terceira rota (eu disse duas, não foi? mas é assim…) é a da sopa da pedra. Cabe tudo o que eu achar que faz sentido.
Os comentários são todos, como é óbvio, aceitáveis. E mesmo bem vindos, porque ninguém faz um blogue à espera de falar sozinho. Não espero é responder com muita regularidade uma vez que, como ficou dito acima, o blogue não é trabalho, é um prazer. E, torcendo o poeta, não há maior prazer que nem sequer cumprir um prazer. Para além disso este blogue, tal como a própria China, is a dictatorship. And I am Dick.
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